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DESAFIOS DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO NO ECOMMERCE

  • Alexandre Feiden
  • 16 de set. de 2024
  • 4 min de leitura

Sem dúvida o comércio online cresce no Brasil e tem muito a crescer se comparado com os países mais desenvolvidos. O número de consumidores que buscam o e-commerce para comprar também vem aumentando pois o que se prega no mercado é que comprar na internet é bem mais barato.

Mas por que os produtos vendidos na internet têm preços mais baixos que os vendidos nas lojas físicas? Qual a mágica que permite uma loja online vender determinado produto algumas vezes 60% mais barato que uma loja física?

Felizmente ou infelizmente não existe mágica, e sim uma competição nos preços entre as lojas online, que automaticamente esmagam os preços das lojas físicas.

Aqui não será analisada estratégia A ou B e sim o desafio do administrador financeiro de um e-commerce em manter o negócio rentável e vivo com margens minúsculas.

Logo acima citou-se “competição de preços entre as lojas online”, mas saibam os leigos que esta disputa muitas vezes não é uma estratégia, e sim uma necessidade de venda devido a uma operação grande e complexa por traz do e-commerce ou uma ânsia em vender mais e mais para simplesmente crescer, sem utilizar critérios ou indicadores econômicos financeiros para balizar esse faturamento e a operação do negócio.

Geralmente quando se inicia um e-commerce, em qualquer segmento ou nicho, ele obviamente nasce pequeno, e com mão de obra familiar. A loja inicia com operações no seu próprio site e no mercado livre (marketplace), com vendas sadias e muitas vezes com certas pesquisas de preço no mercado e assim tem-se um faturamento que sana as necessidades desta mão de obra familiar e outras despesas. Como é natural do empreendedor, surge a necessidade de desenvolvimento e crescimento do negócio e assim o pequeno negócio online começa a crescer.

O crescimento das vendas faz com que seja necessária a contratação de mais pessoas, de sistemas de comparação de preços, sistema para cotação de frete, sistema para a operação de compra, venda e controle de estoque, sistema de SAC, investimentos em plataformas web, contratação de mão de obra mais especializada para marketing e tecnologia, assim por diante.

O financeiro geralmente fica em segundo plano durante toda essa jornada, pois o crescimento de uma loja online é rápido e demanda muito de outros setores ligados ao desenvolvimento do negócio, e quando ele é visto e apurado toma-se um grande susto. Algumas vezes o crescimento de uma loja online é desordenado trazendo problemas financeiros no futuro.

Como contrapartida a toda a operação do e-commerce, que deixou de ser uma loja online com mão de obra familiar e que ainda está em fase de crescimento, deve-se ter um faturamento a altura, lembrando que esse faturamento precisa ser racional e com margens sadias.

Para faturar mais é necessário abrir novos canais de venda, o que acontece naturalmente no crescimento do negócio, e então entram em cena outros marketplaces além do Mercado Livre que foi citado anteriormente, pois este ainda é a porta de entrada de quem começa a vender na internet, devido a tradição.

Quando o e-commerce está neste patamar e consequentemente inserido em vários marketplaces, que hoje são mais de 10 no Brasil, o faturamento será muito concentrado nestes canais de venda, e neste momento é fundamental a empresa ter um controle financeiro rígido de todas as suas operações.

Neste nível de operação, o e-commerce médio fatura muito mais que uma loja física média, com custos muito mais elevados, devido a todos os detalhes que um negócio online tem, e principalmente a comissão paga ao marketplace, que gira na média de 15% sobre a venda do produto+frete, e ainda temos os impostos sobre a venda.

Pode-se até exemplificar rapidamente o impacto dos custos variáveis na operação de venda de um comércio online:

No exemplo acima, que apresentou um resultado bom, frente a maioria dos preços praticados pelos e-commerces, a % que sobra de toda a operação de venda da empresa para pagar as suas despesas, empréstimos, entre outros é de 10%. Assim se o comércio online faturar R$ 100.000,00, o que sobra para pagar as contas são R$ 10.000,00. Estas contas são o operacional da empresa como folha de pagamento, luz, água, sistemas ... e no final espera-se ainda o lucro desejado.

Além da venda em si, temos ainda outro negócio dentro do negócio online, que é a logística, ou seja, o frete de envio cobrado do cliente e o frete pago a transportadora. Para este “outro negócio”, também é preciso ter controle, pois ele pode contribuir com o pagamento de despesas do negócio principal ou pode se tornar mais uma despesa para a empresa.

Neste cenário, de competição de preços e custos variáveis e fixos altos, para um e-commerce é extremamente fundamental ter um controle rígido, apurado e diário do preço de venda, da margem, das despesas, dos fretes, do estoque, etc.

Dentre os setores dos negócios o e-commerce é o mais rápido e dinâmico, é o que consegue crescer, alterar preços, fazer campanhas, entre outras ações em grande velocidade, mas do outro lado se houver necessidade de diminuir o negócio será lento como qualquer outra empresa.

Ao administrador financeiro que está inserido neste mercado, cabe utilizar-se de todos os indicadores econômicos financeiros, de todas as ferramentas para controles financeiros, buscar um crescimento sustentável do negócio com baixa alavancagem financeira e auxiliar tecnicamente o empreendedor em sua jornada.

Ao jovem empreendedor que ingressar ou que está no negócio online, é preciso ter cautela, sobriedade e fazer cálculos, usar os números e os resultados ao seu favor, assim prosperando em sua atividade.

 
 
 

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